quinta-feira, 12 de novembro de 2009

UM CURRÍCULO REPLETO DE FELICIDADE!

10/07/2006 – 15h49

Alunos Britânicos terão aulas sobre felicidade

Da France Presse, em Londres.

Dois mil alunos de uma escola pública Britânica terão aulas sobre felicidade a partir do início do próximo ano letivo, graças a um programa piloto que poderá ser implementado ao currículo escolar do país.

Os alunos de uma escola de Manchester (norte da Inglaterra) participarão de exercícios e jogos destinados a superar o estresse e as dificuldades da vida moderna.

Estas técnicas, importadas dos Estados Unidos, buscam proteger as crianças de males atuais, como a depressão, a falta de auto-estima, e inclusive, a tendência ao abuso físico e psicológico que é freqüente nesta faixa etária (10-12anos) e os problemas em casa, como brigas dos pais.

O projeto, informou neste domingo o jornal “The Independent”, foi lançado devido ao aumento de depressões e enfermidades mentais registradas entre as crianças britânicas. Pelo menos 10% das crianças em idade escolart sofrem de depressão severa, segundo as estatísticas oficiais.

www1.folha.uol.com.br

www.purabela.com/notícias

Comentário:

"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão". Paulo Freire.

Parece demagogia esta reportagem que relata as estranhas práticas de uma escola em Londres que decidiu adicionar em seu currículo aulas de felicidade. Em uma perspectiva religiosa aprendi muito cedo que Deus nos quer felizes em plenitude, porém o dia-a-dia me revela uma sociedade politicamente envolvida com seus desejos pessoais onde a felicidade do outro é pouco almejada.

Na frase de Paulo Freire encontro abrigo e entendimento quando propõe a quebra do silêncio que maltrata, e o resgate de uma educação consciente promovendo a construção do conhecimento sadio, onde a felicidade se espelha nas práticas famintas de um educador apaixonado pelo sujeito que almeja seu afeto.

Um currículo jamais está pronto, ele não é neutro, ele é participativo! Um planejamento deve servir de testemunho fiel deste currículo, para isto é necessário uma gestão aberta, sempre pronta para o diálogo que resulta na ação-reflexão.

Esta é a práxis, tão relatada e tão pouco entendida. É preciso parar de falar em depressão, baixa auto-estima, abuso físico e psicológico, e sim apostar em uma mudança, onde todos estes males possam ser avaliados através da pedagogia do amor, na busca que liberta e transforma a face do oprimido no caminho da libertação.

Dione Gauto

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Sou estudante de pedagogia, casada, cursando o terceiro semestre, apaixonada pela educação e aprendiz permanente. Acredito que o ser humano está constantemente em construção através de suas relações e suas realizações.