“O fim depende do princípio”
Assim iniciou o filme “O Clube do Imperador”, que fez parte do Seminário de Gênero e Educação, e que retrata o cenário de uma escola Católica, de padrões rígidos, elitizada, em que o autor problematiza o gênero, pela ausência de meninas. Os atores sociais que vivenciam a trama no corpo docente da escola são homens, com exceção de uma professora que não demonstra suas práticas, pois no início do filme sai para uma viagem. As práticas estabelecidas pelo professor William sofrem rupturas seqüenciais depois da chegada de um aluno que “perturba” a ordem da classe. Interessante a análise desta perspectiva que nos revela a importância da construção dos saberes a partir das vivências de cada um, deixando claro que um planejamento deve ser modificado sempre que houver a necessidade, principalmente quando o aluno deixa de ser passivo, e aprende agindo e pensando sobre o conhecimento, onde o professor é o mediador do processo. Neste filme, o autor revela estratégias de um educador, que demonstra os saberes pedagógicos, científicos e técnicos, que utiliza suas habilidades com um olhar sensível a cada sujeito, permitindo que o erro seja um lugar de construção. Sua avaliação é subjetiva, analisando o crescimento diário através de tarefas específicas, porém aparentemente o autor tem o desejo de transmitir a idéia de que ele em determinado momento tenha manipulado as notas de um aluno, o que não percebi. Acredito que a avaliação pessoal dá ao docente a possibilidade de flexibilizar conceitos antes estabelecidos, utilizando as ferramentas necessárias, problematizando e interagindo transformando sua sala em um grande laboratório de aprendizagens.
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